Os enredos de Réquiem de Carnaval são muitos. A crítica social atravessa todos os contos da obra: a vida de aparências de uma elite degradada; a ganância que destrói famílias; a violência policial nas comunidades, que vem de mãos dadas com a violência psicológica contra os policiais “treinados para matar”; a mídia manipuladora; o voyeurismo desejoso da desgraça alheia; o bullying na adolescência; o anticientificismo; o oprimido que tem prazer em se tornar opressor, entre outros temas espinhosos que atingem em cheio o leitor atento às entrelinhas.
A morte de alguma forma acompanha todos os personagens; apesar disso, Réquiem de Carnaval não é um livro de terror, embora o contexto social em que está inserida a maioria dos personagens seja aterrador. É um livro que provoca reflexão sobre a condição humana e a vida cotidiana no Brasil de diferentes épocas.
