Ementa: Esta disciplina foi montada a partir de alguns conceitos determinantes para os debates historiográficos recentes que lidam com a noção de “cultura”. Cada uma das dez primeiras aulas será dedicada a uma categoria que vem sendo mobilizada, nas últimas décadas, por historiadores interessados na análise de objetos culturais do passado, tais como “interdependência”, “circulação”, “forma”, “trajetória”, “performance”, “popular”, dentre outras. Neste primeiro momento do curso, então, serão debatidos textos que desdobram problemas teóricos pertinentes a muitas das pesquisas iniciadas pelos mestrandos e doutorandos matriculados. Num segundo momento, serão discutidas, propriamente, as investigações dos estudantes, que precisarão, ao final do curso, reformular seus projetos de pesquisa.
Bibliografia inicial do curso (a ser complementada nas primeiras aulas)
Baxandall, Michael. O olhar renascente: pintura e experiência social na Itália da Renascença. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991.
Bourdieu,
Pierre. As regras da arte. São Paulo: Companhia das Letras, 1996,
______. Razões práticas: sobre a teoria da ação.
Campinas: Papirus, 1996,
______. A economia das trocas simbólicas. São
Paulo: Perspectiva, 2005.
Certeau,
Michel de. A invenção do cotidiano.
1. Artes do fazer. Petrópolis: Vozes, 1994.
Chartier, Roger. Leituras e leitores na França do Antigo Regime. São Paulo: UNESP, 2003.
______. Cardenio entre Cervantes e Shakespare: história de uma peça perdida. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.
______. “From texts to readers: Literary criticism, sociology of practice and cultural history”. Estudos históricos, Rio de Janeiro, v. 30, n. 62, p. 741-755, set./dez. 2017.
Elias,
Norbert. A sociedade dos indivíduos.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.
______.
Mozart: sociologia de um gênio. Rio
de Janeiro: Zahar, 1995.
Erlich,
Victor. Russian Formalism. La Haya:
Mouton, 1969.
Geertz,
Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
Gombrich, Ernst. Gombrich essencial: textos selecionados sobre arte e cultura. Porto Alegre: Bookman, 2012.
Greenblatt, Stephen; Gallagher, Catherine. A prática do novo historicismo. Bauru: Edusc, 2005.
Greenblatt, Stephen. Shakespearean Negotiations: The Circulation of Social Energy in Renaissance England. Oxford: Oxford University Press, 1990.
______. Renaissance Self-Fashioning: From More to Shakespeare. Chicago/London: University of Chicago Press, 2005.
______. Como Shakespeare se tornou Shakespeare. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
Knauss, Paulo. “O desafio de fazer história com imagens: arte e cultura visual.” ArtCultura, Uberlândia, v. 8, n. 12, p. 97-115, jan.-jun. 2006.
Lopes, Antonio Herculano. “Performance e história”. Percevejo. Revista de teatro, crítica e estética. Rio de Janeiro, ano 11, n. 12, 2003.
Revel,
Jacques. Proposições. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2009.
Skinner, Quentin. “Significado e interpretação na História das Ideias”. Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 9, n. 20, p. 358 ‐ 399. jan./abr. 2017.
Tynianov, Iuri. “Da evolução literária”. In: Todorov, Tzvetan. Teoria da literatura. Textos dos formalistas russos. São Paulo: Unesp, 2013. p. 137-156.
Zumthor,
Paul. Performance, recepção, leitura.
São Paulo: Cosac Naify, 2014.